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domingo, 7 de dezembro de 2008

SONHOS


Ontem eu tive um sonho. Não gosto de contar meus sonhos, mas para vocês vou contar. Sonhei que a nossa peça tinha ganhado o prêmio Shell na categoria original. Nem sei se existe essa categoria, mas nos meus sonhos ela existiu, tanto existiu que ganhamos. – O vencedor na categoria peça original vai para: “Os Ruivos”!! De Leonardo Neves e Pedro Monteiro. Falava com entusiasmo Betty Faria. Ficamos tão felizes que resolvemos fazer uma festa aonde tinha mais ruivos que no Movimento Vermelho (movimento de concentração dos ruivos na Cobal do Humaitá). tinha uns 70 ruivos, de tudo quanto é cor, de tudo quanto e tipo. Tinha até ruivo negro, se você quer saber.

Um mulato de cabelo de fogo cheio de sardas era a atração principal. todos olhavam para ele com espanto, principalmente os ruivos. Simpático e falante com o rosto bem sardento, o rapaz falava e sorria o tempo todo, dizendo sempre elétrico, que deveria ser o ator principal da peça. Ele dizia em alto é bom tom: - eu que deveria ser o protagonista. Se a Cynthía (diretora da peça) tivesse me chamado eu daria um show, pois sou ruivo e negro, já viu maior representante de exclusão que eu? Perguntava o rapaz soltando gargalhadas, que oras ficam fora de bom tom, oras pareciam divertidas. Pedro no início não ligava, estava feliz. Com o tempo o rapaz tomava a cena e muitas pessoas que chegavam achavam que ele fazia parte da peça. Os mais desavisados pediam até para o rapaz falar um pouquinho sobre como era ganhar um prêmio, pela primeira vez como protagonista.


Eu não disse, mas teve uma hora que o rapaz revelou o seu nome, entre as conversas com os convidados. Seu nome era Roberto de Moura Verdade. Ele sempre repetia o nome querendo que as pessoas gravassem: -meu nome? Meu nome é..... Roberto de Moura Verdade, Roberto de Moura Verdade. Ele falava o nome sem parar, de forma que todos o chamavam de Roberto. Era Roberto pra lá, Roberto pra cá, teve um determinado momento que, até eu, que achava a coisa engraça, já tava chamando o Pedro de Roberto. Acordei assustado. Não sabia se tinha recebido o prêmio ou se o Roberto ia aparecer na beirada da minha cama pedindo para reescrevermos a peça. Sorte ou azar era tudo um sonho.



Será?

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