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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"Os Ruivos" em São Paulo, Teatro Folha


Muito antes de descobrir o termo bullying, o carioca Pedro Monteiro já era massacrado. Único ruivinho da classe, via grudar em sua pele alva e sardenta apelidos tão absurdos quanto "arroto de Fanta", "água de salsicha" e "maçarico". Ficou aterrorizado ao notar que Chucky, aquele brinquedo assassino, tinha cabelos vermelhos como ele; vibrou ao perceber que o destemido boneco Falcon, também. Formado ator, decidiu dar o troco.

Com o amigo Leonardo Neves (que, por sua vez, é negro) escreveu a comédia "Os Ruivos". Desde outubro de 2008, faz rir plateias de todos os matizes, com histórias vividas por ele e outros cabeças-vermelhas. A direção é de Cynthia Reis. A estreia foi tímida, no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio, perto de sua casa. Desde então, foram oito Estados, do Pará ao Rio Grande do Sul, e quase 50 cidades. Hoje, "Os Ruivos" aportam no Teatro Folha para uma temporada de um mês, sempre às quartas e quintas, às 21 horas.

"A peça mudou muito", conta Pedro, que divide as piadas com outra representante da "minoria rubra brasileira", Thábata Tubino. "Quando estreamos, não sabíamos ao certo como seria a reação. Foi uma surpresa perceber que o público ria muito daquelas histórias, e de quando eu perguntava por que ruivo não tem cota na universidade, não paga meia-entrada em dermatologista, e quando digo que nunca existiu um candidato ruivo à Presidência. Depois disso, o tema do bullying estourou na mídia e foi ficando mais claro que a peça falava sobre o preconceito."

Os representantes da "comunidade rubra" que atendem ao chamado dão suas contribuições, entregam outros apelidos. Identificam-se quando os atores reforçam a camada de protetor solar em cena, dividem as dificuldades vividas no verão do País tropical e a chateação por volta e meia serem confundidos com estrangeiros. Sentem-se em casa quando são lembrados ruivos célebres, como o cantor Nando Reis e o ator Ferrugem, ou mesmo o bochechudo boneco Fofão e o irritante palhaço Bozo.

Entre os gaúchos, a adesão à "causa" do "movimento vermelho" foi ainda mais intensa: lá os atores encontraram a maior quantidade de ruivos (segundo os dados que apresentam, apenas 1% dos brasileiros têm os cabelos naturalmente avermelhados). "Decretamos em cena aberta que a cidade de Flores da Cunha (colonizada por italianos) é a capital nacional dos ruivos", conta Pedro, que vem do Tablado e ficou conhecido depois de estrelar, com o cantor Beto Barbosa, a propaganda de cerveja com a música "Adocica" - o blazer verde, a pochete ridícula e a sunga viraram fantasia de carnaval das mais vistas no Rio.

A brincadeira foi além: Os Ruivos chegaram aos sem-teatro. Com o apoio de prefeituras, o projeto Teatro Sem Preconceito leva a peça gratuitamente a auditórios, clubes e espaços públicos. Em Conceição do Araguaia, no Pará, boa parte dos 300 presentes à praça principal nunca tinha vivido a experiência teatral. Em Cidade Tiradentes, a apresentação é sexta agora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os Ruivos - Teatro Folha (Av. Higienópolis, 618, Shopping Pátio Higienópolis). Tel. (011) 3823-2323. Quarta e quinta, às 21h. R$ 10/R$ 20. Até 29/9.

10 comentários:

FMU disse...

ola gente ruiva td bem ? meu nome e luis gustavo e eu assisti ao espetaculo do teatro folha e gostei muito e gostariia de saqber se nao pode ouver alguma oportunidade de entrar no elenco sou ruivo tambem faco radio e tv trabalho na parte de producao de uma radio e tenho 18 se possivel entre em contato luis_gustavo_b_a@hotmail.com ou nos telefones 77721902 e 75472237

Caroline Cardoso disse...

A primeira vez que vi o Pedro foi no shopping em que a peça tava em cartaz, quando vi que se tratava de uma peça de ruivos, tentei fugir. Tive certeza de que ele ia falar comigo, afinal acho que éramos os únicos ruivos do shopping naquele dia.
Mas não deu pra fugir, conversamos rapidamente e fiquei de ver a peça. E acabou que não vi.
Tempos depois, pra minha surpresam encontrei com o Pedro pra um editorial de moda, só com ruivos.
Aquele dia foi muito divertido, nunca tinha visto tantos ruivos juntos, nem nas reuniões de família lá em casa, até pq eu sou a úncia da família.
Os assuntos fluiam, sempre tendo o mundo dos ruivos como pauta, me convenci que somos quase uma sociedade secreta, mesmo.
Quando eu era criança tinha vergonha de ser ruiva... No carnaval nunca podia usar as fantasias do 'É o tchan' sem ser zoada... Mas eu teimava em dizer que era a Scheila Carvalho! Meu sonho era ser morena...
Hoje eu sou muito bem resolvida com a minha ruivice e me divirto com a curiosidade alheia quanto ao nosso mundo. rs
Espero um dia conseguir ver a peça, e me ver representada naquele palco.
Muito sucesso pra vocês e obrigada por encher os ruivos de orgulho!
Beijos,
Carol

Anônimo disse...

não gostei

Anônimo disse...

Não gostei porque essa atriz é muito ruim... não é ruiva ... o ator é maravilhoso Parabéns mas a atriz é pessíma

Anônimo disse...

Nossa atriz é muio ruim não sabe nada de teatro desculpas, mas está mal acompanhado

Anônimo disse...

Muitas pessoas comentam que Acharam a interpretação dela ruim pelo que poderia ser se tivesse acompanhado de uma atriz a sua altura é namorado dela.

Anônimo disse...

Não fiquei em nada tocado com sua interpretação de Thabata pessíma

Anônimo disse...

Peça mara ; interpretação da atriz muito ruim e artificial!!!

Anônimo disse...

thabata tubino interpretação péssima .
Rafael Engel

Anônimo disse...

Interpretação impecável do ator