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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Copa do Mundo de 2010 – A final é Ruiva!

     

     Pela primeira vez uma Copa do Mundo é realizada no continente Africano. Também pela primeira vez haverá uma final com duas seleções que nunca foram campeãs. Agora, o que ninguém notificou ainda, é que essa final será totalmente ruiva. De um lado as laranjas holandesas, do outro as vermelhas espanholas.
      Os pêlos alaranjados ou avermelhados são as características mais claras e objetivas para reconhecer uma pessoa ruiva. Além disso, na maioria das vezes, os portadores dos pêlos possuem sardas e pele clara. Resta lembrar que existem diversos “tipos” de ruivos, entre eles, ruivos sem presença de sarda, como também ruivos de pele negra. Vamos combinar que isso é maravilhoso! Num mundo tão misturado e mestiço como o Brasil, o ser ruivo se torna amplo, com representantes brancos, negros, pardos, cabelo liso, cabelo ondulado, cabelo crespo, com sarda ou sem elas; mas sempre com os pêlos da cor vermelha e laranja.
      Já que o Brasil perdeu e foi eliminado, já que o Uruguai foi o último representante da América e também perdeu. Vou torcer para que a final seja maravilhosa e que ambas as equipes honrem as cores que estarão presente em todo mundo através da televisão. Até por que, seja qual for o campeão, nós ruivos estaremos bem representados.


P.S: Mas a Holanda já é nossa querida há anos, pois criou o dia nacional dos ruivos. Que é celebrado todo dia 7 de setembro. Mais uma vez confirmamos que esse povo não tá de bobeira, não é mesmo?

Ass:Pedro Monteiro

sexta-feira, 2 de julho de 2010

RUIVOS: UMA VERDADEIRA PAIXÃO MUNDIAL.

       Nossa rede não se desconecta nunca, apenas diminuí a força. Em tempos de Copa do Mundo, o coração sai pela boca e vai para mão, a cabeça fica na chuteira. A bola passa a ser nossa paixão nacional e, assim, dedicamos muito tempo discutindo sobre o Brasil e seus personagens. Enquanto a Jabulane rola, nos gramados de Joanesburgo, nosso olhar ruivo não se desliga nunca, e pelo visto, nem o de vocês, pois chegamos a mais de 30 mil acessos em nosso blog. Para comemorar tal feito ligamos a rede e temos notícias frescas.

      A primeira é o Programa de rádio, “Humor de Segunda até Segunda Ordem”, apresentado pelo ruivo Pedro Monteiro com produção e comentários de Leonardo Neves, que também é autor da peça “Os Ruivos”. Enquanto a peça se prepara para atacar em novos gramados. A dupla apresenta o programa na rádio Roquete Pinto, 94,1 FM, toda segunda-feira, de 12:00 à 13:00. O programa é para liberar os corpos encachaçados do final de semana e ajudar, com humor, a superar a saída do Brasil da Copa.

      A segunda novidade é o livro da Ruiva, Julianne Moore, que é uma das maiores estrela de Hollywood e, agora, resolveu usar o apelido que lhe deram na escola, ‘Morango Sardento’, como título do seu livro. Em 40 páginas, a atriz relembra o que passou por ter nascido com cabelo vermelho. Até banho com suco de limão ela tomou para se livrar das pintas. Outra ruiva que surgiu foi a espiã russa presa nos EUA. Willian Bonner, apresentador do JN, colocou várias vezes a foto da ruiva em rede nacional. Ruivo deve evitar ser espião, pois é facilmente identificado.

      Ah! Quer saber mais sobre a seleção brasileira? Não merece comentários. Fatos previsíveis. A bola segue. Cotamos com a participação e audiência dos ruivos, em nosso programa de rádio, pois ser brasileiro é muito bom, mas ser ruivo é paixão mundial.

                                                            MORANGO SARDENTO

domingo, 30 de maio de 2010

NITERÓI, AÍ VAMOS NÓS!


Nosso espetáculo está de volta e, agora, em Niterói . Nosso peça vai estar no Teatro Eduardo Kraichete, no Espaço Cultural  AMF/Unimed, na Avenida Roberto Silveira, 123, Icaraí, Niteroí, RJ. Você não pode perder esta curta temporada nos dias: 4, 5, 6, de Junho. Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 20h.

                                   ESPERAMOS VOCÊS LÁ!





quarta-feira, 12 de maio de 2010

É ISSO QUE ELES QUEREM FAZER COM A GENTE?

Eu fui perseguido por este vídeo. Várias pessoas estão falando sobro o sucesso ou o espanto que este vídeo causa. Bem, click no link e de a sua opinião.





                                                M.I.A

quinta-feira, 6 de maio de 2010

MUSICOS, RUIVOS E FAMOSOS

    Olá pessoal!!! Meu nome é Renan Angelo, moro em São Paulo-SP, descobri recentemente o blog "os ruivos" e eu acho que seria legal postar alguns famosos da música, então ai vai uma pequena contribuição de alguns ruivos de bandas que eu curto pra caramba. Na listinha está Mark Lanegan ex-Screming Trees e participações no Queens Of The Stone Age, Melissa Auf der Maur do Hole (banda da ex-mulher do famoso e lendário Kurt Cobain), Josh Homme do Queens Of The Stone Age, Dave Mustaine do Megadeth e a maravilhosa Simone Simons do Epica.

Espero que vocês apareçam por São Paulo beleza?!

ps. sou ruivo também e adoro meu cabelo = )


Valeu Renam!!!

 Vamos aparecer em Sampa sim. Galera,  faça como o Renan, mande o seu post para nosso e-mail. Aqui o nosso blog é seu. Quem  lembrar de um famoso na música, ruivo, é só deixar um comentário. Pode e deve ser brasileiro Também. Tem vários, conto com vocês.


David Mustaine

Josh Homme


Mark Lanegan


Melisa Auf



Simone Simons

terça-feira, 4 de maio de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

CONTOS RUIVOS

    Resolvemos postar o  texto da escritora, Clarice Lispector, enviado pela nossa leitora, Ana Galeano, e abrir a série: Contos Ruivos, desperte o escritor(a) que existe em você. Mande um conto ruivo feito por você ou por algum escritor conhecido. O nosso blog esta aberto para novos talentos.  O nosso e-mail é osruivos@uol.com.br. Quem sabe não fazemos um livro só de contos sobre Ruivos. Só depende de você. Para incentivo de nossos colegas ruivos, na próxima edição, Pedro e eu faremos um conto ruivo para os visitantes do blog.

                                             Clarice Lispector




                                                     TENTAÇÃO

Clarice Lispector


      Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva. Na rua vazia as pedras vibravam de calor, a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto de bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na sua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa vermelha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.

     Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um ‘basset’ lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um ‘basset’ ruivo.

     Lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro.A menina abriu os olhos pasmados. Suavemente avisado, o cachorro estancou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.

      Entre tantos seres que estão prontos pra se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.


    Os pelos de ambos eram curtos, vermelhos.Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se, com urgência, com encabulamento, surpreendidos.

        No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos – lá estava uma menina, como se for a carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes de Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam.

 
    Mas ambos eram comprometidos.Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O ‘basset’ afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa nudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com os olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-lo dobrar a outra esquina.Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás.