A dramaturgia brasileira perdeu, nesta quinta-feira (06/07), um dos seus maiores representantes. O ator e diretor José Celso Martinez Corrêa, de 86 anos, mais conhecido como Zé Celso, teve 53% do corpo queimado após um aquecedor elétrico começar a pegar fogo. O incêndio foi no seu apartamento na Zona Sul de São Paulo. Ele chegou a ser internado na UTI do Hospital das Clínicas, mas não resistiu. O esposo de Zé Celso, Marcelo Drummond, que também estava no local e ajudou no resgate, conseguiu sobreviver.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o laudo do Instituto de Criminalística acredita que o incêndio pode ter sido ocasionado pelo contato entre um aquecedor e materiais de fácil combustão, presentes no cômodo. Mas as causas ainda estão sendo investigadas pelo 36º DP, da Vila Mariana.
Segundo Jorge, o curso existe, exatamente, para evitar acidentes como este que ocasionou a morte do ator. O especialista esclarece que todos os moradores e profissionais em contato com o equipamento deveriam ter acesso às instruções, por se tratar de um material tão perigoso, uma vez que o gás começa a dar indícios de acidente antes de ocorrer o incêndio fatal.
“Pelo treinamento, eles teriam mais chances de identificar rapidamente o problema. Normalmente, as pessoas desligam o chuveiro e não desligam o equipamento, o que pode ocasionar acidentes graves. O Protocolo ensina como prevenir os casos e o que fazer, imediatamente, após constatar o vazamento”, contou o especialista.
O velório do ator aconteceu na madrugada desta sexta-feira (07/07), no Teatro Oficina, Centro da capital de São Paulo. Uma multidão já o esperava no local para prestar as últimas homenagens. O corpo foi recebido sob gritos e aplausos constantes.