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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

NOVIDADES I



Eu não sei se vocês sabem, mas o Espaço Sergio Porto teve o seu teatro parcialmente incendiado no dia 17 de maio de 2007, exatamente numa quinta-feira. Relembrar tal episódio realmente não me agrada. Mais o fato é, que após o incêndio, que ocorreu a mais de um ano, uma das peças que mais deu público foi a nossa. O espaço esta completamente restaurado e dando um show em instalação e conforto. O grande sucesso da peça e o bom espaço que temos, nos levou a ficar em cartaz durante o mês de Dezembro. Como o Pedro diz: -devido ao grande sucesso, vamos ficar mais um mês neste espaço aconchegante e maravilhoso. Viva ao Espaço Sergio Porto.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

CONSCIÊNCIA RUIVA


As personagens de novelas estão melhorando para os negros. Se você é a favor ou não das cotas não importa; o que importa é que elas estão aí: colaborando para a manutenção do crescimento do negro na sociedade. O princípio da isonomia diz que, para os desiguais, tratamentos com desigualdade. Esta é à base do sistema de cotas e também da lei Maria da Penha. A mesma lei que dizem que vai punir o Dado Dolabela pelas agressões desferidas a Luana Piovani. Eu não acredito.

A mulher é desigual e o negro também. A mulher passou anos sem o direito ao voto, sem participação política, sendo oprimida por uma sociedade machista. E o negro, que após sua escravidão, recebeu uma abolição sem diretos, sem emprego, sem estudo, ou qualquer ajuda para adquirir condições necessárias ao seu crescimento dentro da sociedade.

– Liberta, pois a escravidão não dá mais lucro e precisamos de mercado consumidor pensavam os barões da época. – O que vamos oferecer a eles, os negros, como sobreviverão? Perguntava um lacaio ao seu barão. O barão responde com um leve sorriso no canto da boca: – Dei-lhes subempregos. E é assim até hoje. A história todo mundo conhece, mas a pesquisa eles dizem que é nova: O jornal O Globo noticiou esta semana que o negro no mercado de trabalho possui o menor salário brasileiro.

Eu sei que hoje é dia da consciência negra, mas os negros que me desculpem. Existe uma pergunta que não quer calar: cadê a cota pra ruivo? Estamos bombando, eu sei. Vamos chegar juntinho da popularidade de Barack Obama. Porém, vamos continuar em nosso movimento para não deixar a nossa peteca cair. Vamos criar nossa própria música, tão boa quanto o samba de raiz criado pelas misturas étnicas. Ah! Precisamos também desenvolver um Funk ruivo. Um bom, com letras bacanas, do tipo: “Eu só quero é ser feliz, manter tranqüilamente as sardas em meu nariz, é! E poder me orgulhar, de ter os cabelos vermelhos todos em seu lugar”. Não gostou?Vou pensar em algo melhor.

Certamente, no início, receberemos críticas.Mas, depois, a indústria cultural vai querer morder um pedacinho do bolo e, logo, logo, teremos artistas e jornalistas dessa cidade partida, de Zuenir Ventura, balançando seus popotes não-ruivos. Eu vou ser um deles.

ESSA VOCÊ NÃO PODE PERDER



Os ruivos entram de graça no show de lançamento da trilha sonora do filme, “Feliz Natal”, de Seltom Mello, produzido pelo ruivo de carteirinha Plínio Profeta. Os cinco primeiros ruivos ganham um Cd.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

DOCUMENTÁRIO VERMELHO


A realidade e a ficção sempre andaram juntas. E estarão mais juntas ainda no documentário Movimento Vermelho – o filme dos ruivos. O documentário vai falar das pessoas ruivas e não ruivas que sempre quiseram ter os cabelos avermelhados. No filme, vamos misturar trechos da peça com os depoimentos. No documentário os entrevistados falam sobre as dificuldades de ser ruivos e a curiosidade que as pessoas tem em relação aos seus cabelos pubianos. Ainda falta acrescentar depoimentos de pessoas ruivas famosas e dos atores. Em breve, vamos dar uma palhinha aqui no nosso Blog. O lançamento tem data marcada para o ano que vem.

ÚLTIMA QUINTA




O tempo não pára, como dizia o poeta Cazuza. Oficialmente esta é a última quinta no Espaço Sergio Porto. Quem já foi, é a chance de ver de novo. Quem não viu, precisa ver. Quem gostou, leva alguém e faz o outro feliz. Quem não gostou, indica ao inimigo para dar uma sacaneada. Mas não deixem de ir.


Você sabia que estudos indicam que o ruivo é uma espécie em extinção prevista para sumir do planeta até 2060? Por isso venha assistir o último dia de "Os ruivos ..." Nesta quinta, dia 20, feriado ás 21:30 no Sérgio Porto. Só 10,00.


Serviço
Os Ruivos − Uma História de Excluídos na sociedade
Espaço Cultural Sérgio PortoRua Humaitá, 163
2266-0896
Quintas-feiras - 20 de novembro às 21h30.


domingo, 16 de novembro de 2008

MINHA QUERIDA HANNAH


Ela não possui cabelos vermelhos, mas no azul do seu olhar se esconde uma tristeza muito grande. No seu rosto as sardas se fazem presente. Poderia ser qualquer um de nós. Ela poderia até ser ruiva, graças à semelhança sardenta, mas não é. Suas características não importam. O importante foi a decisão que tomou: morrer com dignidade.

Hannah Jones, de 13 anos, recusou um transplante de coração, -sua única chance de sobreviver à leucemia mielóide-, um tipo de câncer raro. Sua atitude vez Hannah virar notícia na imprensa mundial.

A menina convenceu os médico e a conselheira tutelar, que o melhor era morrer com dignidade. Hannah já havia passado grande parte da sua vida em hospitais, entre cirurgias e quimioterapia. Agora ela quer passar mais tempo com a família.

Acho que a esperança é a ultima que morre, mas a de Hannah morreu antes. Ela já havia vencido a paralisia, pois só começou a andar com quatro anos. E só passou a frequentar a escola aos nove, mesmo assim, tem um grande apreço pelos livros e a literatura. Ela venceu. Deveria continuar. Para mim, morrer com dignidade é morrer lutando. Mais se ela quer assim, vamos respeitar.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Entrevista com Plínio


Plínio respondeu rápido ao e-mail para a entrevista. Devolveu as perguntas com tanta facilidade que parecia uma passagem de música sem trepar as batidas. Coisa de DJ. Esta pressa deve ser o pitch californiano, que leva o cara a “ser artista de cinema e viver a vida sobre as ondas”. Lulu Santos que o diga. Foi sobre as ondas sonoras que o carioca Plínio Profeta, aos 19 anos, foi morar na Califórnia. Lá aperfeiçoou sua versatilidade musical, que o torna capaz de tocar mais de cinco instrumentos: cavaco, baixo, viola caipira, piano, guitarra, percussão e por aí vai... Nesse período teve a influência do Hip Hop e aprendeu muito sobre o Rock. Foi nos EUA que fez suas primeiras produções. Plínio, aos 38 anos, produziu vários CDs de artistas como: Lenine, Pedro Luís e A Parede, Lucas Santtana, Fernanda Abreu, Pavilhão 9,Kelly Key, dentre outros. Também fez vários remixes nacionais e internacionais (Sandra de Sá, Titãs, Kid Abelha, Madonna e Dido). Hoje, Plínio está envolvido com o lançamento do seu primeiro disco: Profeta Volume1. Sua conquista mais importante foi o Latin Grammy, mas aqui no Brasil a mídia não deu muita importância. Aqui entre nós: Deve ser porque o cara é ruivo!


Os excluídos: Quando você começou a sua carreira?

Plínio: Comecei a tocar violão e piano aos 15 anos, depois mudei para o baixo.

Os excluídos: Como foi morar na Califórnia e que influências você recebeu lá?

Plínio: Fui morar lá aos 19 anos e fiquei cinco anos tocando em bandas e vivendo a louca vida Americana. Adquiri várias influências musicais. Vi a ascensão do Hip Hop Boys e aprendi muito sobre Rock. Fiz muitos shows e tive experiências incríveis. Aprendi a produzir lá

Os excluídos: Como surgiu o nome Plínio Profeta?

Plínio: Já vim com esse nome da Califórnia, tinha esse apelido, acho que por meu sotaque eu soava como The Prophet, para meus amigos americanos.

Os excluídos: O que você mais gosta de fazer: Produzir ou ser DJ?

Plínio: Produzir.

Os excluídos: Qual o cd que você mais curtiu produzir, sem ser o seu é claro?

Plínio: O do Lenine, “Na Pressão”, com Tom Capone, foi uma grande experiência.

Os excluídos: Você conquistou o Latin Grammy. Fale da importância desse prêmio em sua carreira?

Plínio: Quando fui em turnê pela Europa, em 2005 e 2006, ganhei destaque na mídia por causa do Grammy . Saí em jornais em Barcelona, Londres e Paris...La fora o Grammy é um prêmio respeitado, mas no Brasil ninguém liga muito, ou talvez por ser ruivo, me boicotaram rsrsr...

Os excluídos: Quantos instrumentos você toca? Fiquei sabendo que você toca mais de cinco instrumentos, é verdade?

Plínio: Sim, toco: violão, cavaco, baixo, viola caipira, piano, guitarra, percussão e por ai vai...

Os excluídos: Fale sobre o seu primeiro disco. Qual a música que você mais gosta nele?

Plínio: É um apanhado da minha carreira e amigos, nele explico como produzi as faixas e o porquê dos parceiros. Gosto muito de Samba Cubano com o Lucas Santanna.

Os excluídos: Você gosta de ser ruivo?

Plínio: Sim.

Os excluídos: Você tem muitos amigos ruivos?

Plínio: Não, uns quatro. O dia em que vi mais ruivo junto foi na estréia da peça de vocês.

Os excluídos: O que achou da peça “Os Ruivos” ?

Plínio: Gostei muito, recomendo a todos. Quero ir ver de novo, pois perdi os primeiros cinco minutos.

Os excluídos: Já sofreu algum tipo de exclusão por ser ruivo?

Plínio: Acho que não.

Os excluídos: Quando vai fazer uma música só para ruivos?

Plínio: Acho que já demorou. Tava esperando um movimento pra me afiliar.


Os excluídos: A companhia de teatro, Jogo Cena Futebol Club, é o responsável pela peça: “Os Ruivos”. Ano que vem queremos lançar um CD chamado: Música Ruiva Brasileira (MRB), com músicas de Nando Reis, Otto, Plínio Profeta, Rodrigo Amarante, Rita Lee e outros. Você aceitaria o convite para produzir tal CD?

Plínio: Claro! É só marcar.

Os excluídos: Você cantou os versos “quem não comeu Eliana Galileu”. Você comeu?

Plínio: Sim, escrevi os versos. Não, não a comi...

Os excluídos: Como foi o contato com o rei Roberto Carlos para gravar “Como é grande o meu amor por você”, que está em seu primeiro disco?

Plínio: Foi muita sorte o Rei autorizar a canção. Ele é difícil com essas questões, mas gostou da versão, o que me deixou muito feliz, pois sou um grande fã seu.

Os excluídos: Quando vai fazer show aqui no Rio para os ruivos cariocas?

Plínio: Dia 25 de novembro no Cinematheque, lançamento do CD do filme Feliz Natal. Todos vocês da peça estão convidados, e os ruivos também.

Os excluídos: Gostou de compor a trilha sonora para o filme Feliz Natal de Seltom Mello?

Plínio: Uma experiência inesquecível. Acabamos de ganhar o prêmio trilha sonora no festival de Curitiba.

Os excluídos: Já tinha feito trilha sonora antes?

Plínio: Sim, mas não sozinho, e nem de um filme inteiro. Fiz com Pedro Luís “O Diabo a Quatro” e fiz musicas para o “Fabio Fabuloso”.

Os excluídos: Você já misturou vídeo e áudio, acha que é uma nova tendência nas festas?

Plínio: Sem duvida, fica bem mais interessante.

Os excluídos: Para terminar. Qual o sonho de Plínio Profeta?

Plínio: Que Obama de um jeito por lá, que a gente dê um jeito por aqui...


Obrigado, Plínio.